quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Por uma padronização dos wireframes

Nós vivemos num mundo de convenções. Os alfabetos nada mais são que convenções: convenciona-se que determinado símbolo corresponde a determinado som (ok, em português a gente tem vários símbolos para um mesmo som, mas a discussão aqui não é essa...). Na arquitetura, por exemplo, convencionou-se uma série de desenhos para simbolizar os diversos elementos de uma construção: porta, janela, parede, escada, etc.

Na arquitetura de informação ainda não temos essas convenções totalmente estabelecidas. Enquanto nos mapas de site e fluxos caminhamos relativamente bem seguindo modelos do Garret, nos wireframes ainda estamos longe de adotar padrões "universais". Além da discussão do uso de wireframes de alta, média ou baixa fidelidade, temos o uso de diferentes  elementos para simbolizar uma mesma coisa ou ação.

A padronização dessas convenções traria muitos benefícios para a área. Principalmente no que diz respeito ao relacionamento com o cliente. O cliente tem o seu primeiro contato com um wireframe. Adota, então, aquele modelo como padrão para ele. Quando se depara com um wireframe feito por outro arquiteto, que usa outras convenções, ele não entende. Ou apenas não gosta, mas aí já temos um desgaste que seria desnecessário.

O ensino e a prática da atividade também ficam muito mais fácil com a adoção de padrões universais. O profissional não precisa aprender o padrão de cada lugar por onde passa, ele simplesmente utiliza o mesmo padrão em todas as empresas.

Acho fundamental começarmos a pensar nisso.

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