quarta-feira, 21 de maio de 2008

Navegação por públicos

Em algum momento da história da internet descobriu-se que era possível orientar um site por públicos. As empresas sempre se comunicaram com diferentes públicos e começaram a querer fazer uma área do site para cada um desses públicos. Então a faculdade faz seu site com áreas para futuros alunos, alunos, pesquisadores, empresas, etc; o site do plano de saúde tem áreas para clientes, médicos, corretores e empresas; e assim por diante.

A segmentação por públicos é uma prática antiga no mercado editorial. As editoras costumavam dividir suas publicações entre os públicos masculino, feminino e infantil. Então, determina-se que Placar é uma revista para o público masculino, ainda que eu seja leitora.

Mas isso começou a mudar. Uma revista como a Vida Simples, por exemplo, é masculina ou feminina? E a Exame? E a Galileu?

Muito mais coerente é segmentar por tema: qualidade de vida, economia, esportes, etc. Um público pode ter interesses muito variados e fora do que convencionou-se ser seu interesse. Uma mesma pessoa pode desempenhar vários papéis.

Por isso a segmentação de um site por públicos, ainda que num primeiro momento pareça fazer muito sentido, deve ser analisada com muito cuidado. No fim, ela pode acabar sendo apenas uma replicação de conteúdo, com abordagens que na prática não se mostram tão diferentes.

Normalmente uma segmentação por públicos se mostra pertinente quando há uma área fechada, logada. Como no caso dos bancos, que possuem uma área para clientes e outra para não clientes.

Para se comunicar com diferentes públicos não é preciso criar áreas específicas para eles. Basta disponibilizar a informação de maneira clara. As pessoas sabem selecionar o que lhes interessa.