quarta-feira, 23 de abril de 2008

Navegando em alemão

Recebi o link de um site que eu suponho ser alemão ou holandês, mas não tenho certeza. Certezas eu tenho duas: não entendo o idioma do site e o site é muito interessante. A proposta do autor foi fotografar as embalagens de comidas prontas e depois fotografar a comida em si, mostrando a cruel diferença entre a propaganda e a realidade.

Mas o assunto aqui não é esse. O que me chamou a atenção é que mesmo sem entender patavina de alemão, holandês ou de seja lá qual for esse idioma, eu consegui navegar com facilidade pelo site, pois sua arquitetura é bastante simples.

Acho que esse é um bom teste de usabilidade: se o usuário conseguir navegar por um site cujo idioma ele desconhece, o site é bom!

Clique aqui para ver o site, vale a pena, as fotos são muito boas.










terça-feira, 8 de abril de 2008

Janelas, muitas janelas

Entrei no site da Benetton e a minha primeira impressão foi ótima. Gostei das linhas básicas da arquitetura, da navegação nos primeiros níveis, da hierarquia e da seleção de informações na home. Comecei a navegar e me decepcionei um pouco com o conteúdo. Queria algo menos conceitual, queria ver as peças de roupas em detalhes e não apenas as belas fotos de closes de modelos.

Mas a decepção veio mesmo ao clicar no primeiro item do menu institucional, localizado no rodapé. O conteúdo abriu uma nova janela do meu navegador com um novo site. A navegação é muito parecida com o site original, mas é um novo site.

E isso acontece a cada item desse menu do rodapé que você clica. Em todos os sites. Cada item é uma nova janela, um novo site. Depois de navegar um pouco pela Benetton, veja como ficou meu navegador: Tenho certeza que há outra maneira de se fazer isso. E espero que haja um motivo muito específico para essa (i)lógica de navegação. Talvez uma maneira de evocar o trânsito de Roma, sempre tão caótico...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Carros e sites

O designers da indústria automobilística têm o desafio de desenharem carros inovadores, bonitos, exclusivos dentro das limitações impostas pelo modelo consagrado das quatro rodas, da direção do lado esquerdo, da posição do câmbio, dos pedais e dos instrumentos do painel e por aí vai.

Um desafio talvez parecido com o dos arquitetos de informação e designers de sites, que também têm que desenhar sites inovadores, bonitos, exclusivos dentro das limitações impostas pela resolução de tela, usabilidade, acessibilidade, tecnologias utilizadas e por aí vai.

Talvez a grande diferença entre um mercado e outro esteja na visão dos clientes. Enquanto o pessoal da indústria automobilística lida muito bem com as limitações e convenções estabelecidas em seu negócio, o pessoal do marketing de outros mercados (ou desse mercado mesmo, mas quando está olhando para um site e não para um carro) não encara os sites dessa maneira.

Fazendo um paralelo, se os clientes fizessem aos projetistas de automóveis os mesmos pedidos que fazem aos arquitetos de informação e designers, provavelmente iriam pedir um carro de cinco rodas, com direção no teto, pedais na laterais, uma porta apenas.

Temos de ter paciência para esperar o amadurecimento da visão sobre o que deve ser realmente inovador e exclusivo nos nossos sites.